A conferência internacional organizada pelo MUDA na Porto Business School em parceria com a AMA – Agência para a Modernização Administrativa, foi palco de um relevante debate sobre os impactos no Estado, empresas e consumidores da implementação em Portugal de uma economia e de uma sociedade baseadas no conceito Digital By Default.

Na conferência, o MUDA apresentou uma estratégia para transformar Portugal num país Digital By Default. O plano de ação apresentado assenta no imediato, segundo Alexandre Nilo Fonseca, em “tornar a comunicação comercial – faturas, extratos, etc. – primordialmente digital; tornar a assinatura em tablet tão válida como a assinatura em papel; e, acabar com os arquivos em papel, que representam milhões de euros gastos de forma desnecessária”.

Este plano deverá seguir a linha já comprovada na Estónia, um país de referência no desenvolvimento digital da governação, e ser um exemplo a seguir para todos os outros países da Europa. Contudo, para que estas medidas sejam implementadas e alcançadas, é necessário que a regulação e a legislação sejam adaptadas à realidade digital.

Perante uma audiência de profissionais dos mais variados sectores, interessados em conhecer as mais recentes tendências e as opções estratégicas, a conferência foi estruturada em dois painéis, tendo sido feita no primeiro debate uma análise dos casos de sucesso e das expectativas da sociedade em relação ao Digital By Default e no segundo debate os bloqueios a remover para uma utilização alargada do digital em Portugal.